COMAM
A COMAM – Conferência Maçônica Americana – foi fundada em Santiago do Chile em 24 de maio de 2004 com o objetivo de congregar e unir Obediências Maçônicas liberais e dogmáticas que tenham como principio o trabalho de desenvolvimento da perfeição individual com absoluta liberdade de consciência.
Com a finalidade de fortalecer a cadeia de união e os laços fraternos entre as Obediências membros, é premissa básica desde sua formação o trabalho contínuo para unir o que está disperso em uma cadeia de amor e fraternidade.
A cada ano um local para receber a Conferência e um tema de interesse global, para ser estudado e debatido entre os irmãos, são escolhidos, com o intuito primordial de, através dos colóquios, se determinarem elementos pelos quais a maçonaria possa contribuir com a evolução da sociedade e do indivíduo.
O GOMP NA COMAM
Membro desde 2012, o GOMP tem marcado presença em todas as edições da COMAM desde então, e foi o organizador da edição de 2017 da conferência que reuniu Maçons de todas as Américas na cidade de São Paulo (SP) em torno do tema: “Qual o dever da maçonaria no combate à Corrupção"?
Neste ano, além de representantes de Obediências de todas as Américas, estiveram presentes o corpo diretivo da COMAM e visitantes do CLIPSAS.
Durante os colóquios, foram apresentados trabalhos por todas as Obediências presentes acerca do tema escolhido, e o trabalho do GOMP com foco sobre "Como a Maçonaria pode ajudar no combate à Corrupção", que é um problema sistêmico que afeta a sociedade atual, foi elogiado e aclamado por todos os irmãos ali presentes.
Ao final do evento foi elaborada a Carta de São Paulo, documento que registra as conclusões obtidas nos colóquios e tem como objetivo orientar as potências membros em seus trabalhos de forma a combater o avanço da corrupção em nível mundial.
CARTA DE SÃO PAULO
As obediências membros da Conferência Maçônica Americana (COMAM) reunidas em Assembleia Geral na cidade de São Paulo, Brasil, de 19 a 21 de maio de 2017, realizaram durante seus trabalhos um exercício de reflexão sobre as formas de combater a Corrupção e, a partir de suas conclusões, declaram que:
• A Corrupção é uma atitude humana que transgride os princípios éticos e as normas legais de uma comunidade, e sendo inerente à conduta humana, também a maçonaria pode estar sujeita a seus males, quer seja pela atitude corrupta de irmãos, quer seja pela conduta omissa perante uma situação corrupta.
• As normas e procedimentos internos de cada ordem devem definir estritamente mecanismos para evitar que a corrupção surja entre os membros. Exigir uma mudança da sociedade deve começar por nossa mudança interna enquanto maçons, liderando pelo bom exemplo.
• Os jovens, a sociedade em geral, está em busca de modelos de exemplo com os quais se identifiquem e nossa missão como maçons está dirigida a formar pessoas humanistas, laicas, tolerantes, fraternas, solidárias, socialmente sensíveis, com espirito democrático, justos e que prezem pela igualdade, força moral, responsabilidade, honestidade – princípios estes que contribuem com o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.
• A maçonaria deve formar homens e mulheres que possam transformar-se em agentes de mudança, participando de instituições sociais e políticas. Sua voz deve expressar-se livremente. Devemos deixar de trabalhar somente nos templos, pois nossas ideias filosóficas, políticas e de bons costumes devem ecoar em todos os âmbitos da sociedade.
São Paulo, Brasil, 21 de maio de 2017.
Fontes consultadas:
Dolores Ugarte Gangotena José Aparecido Gomes Phito Moleus
Secretária Docente Secretário Geral Secretário de Comunicação